A concepção de uma novela se inicia com a produção de sua sinopse, espécie de resumo-geral da trama, geralmente entregue por seus autores à emissora com mais de um ano de antecedência em relação à estreia do folhetim.
Quando a trama entra no ar, no entanto, não é incomum que os autores promovam mudanças em sua sinopse original de acordo com o gosto popular, aumentando, por exemplo, a participação de personagens bem aceitos e diminuindo a dos rejeitados, além de outros ajustes no enredo.
Em “Amor à Vida”, por exemplo, o vilão Félix, personagem de Mateus Solano, parece ter sido ‘salvo’ por sua irreverência e empatia junto ao público. De acordo com a colunista Keila Jimenez, o autor Walcyr Carrasco havia determinado em sua sinopse original que Félix descobriria, por volta do capítulo 100 do folhetim, possuir uma grave doença e que essa descoberta poderia afetar seu caráter e destino.
Até mesmo a morte do filho de César não estava descartada, mas sua alta popularidade aniquilou toda e qualquer chance de que isso acontecesse e Walcyr optou por manter sua saúde intacta.
A sinopse de “Amor à Vida” ainda sofreu outras mudanças significativas, como a morte de Nicole (Marina Ruy Barbosa), que a princípio sobreviveria ao câncer, o adiamento da morte de César (Antonio Fagundes) e o cancelamento da conversão de Valdirene, que na ideia original do autor se tornaria evangélica.
TEXTO: RD1
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