Uma nova polêmica deve ser abordada nos próximos capítulos de “Amor à Vida”. Na trama, o médico Pérsio (Mouhamed Harfouch), que é muçulmano, se recusará a atender uma paciente, que morre em decorrência de um aborto mal executado.
Em entrevista ao “F5″, o ator contou como foi gravar a sequência. “É uma cena que me chocou no início. Não sei como o público irá reagir. Estou como espectador neste momento”.
Na cena, uma mulher é internada no hospital San Magno e começa a ser atendida por Pérsio, que, ao descobrir que ela provocou o aborto,se afasta e a deixa sob os cuidados de Lutero (Ary Fontoura) e Rebeca (Paula Braun).
A paciente não resiste e morre. Pérsio então diz que ela contrariou as leis divinas ao cometer um pecado mortal e acaba sendo demitido por sua atitude, sendo, porém, perdoado pouco tempo depois.
“O Pérsio tem valores muito fortes na cabeça dele. Acho interessante que o Walcyr mostra na novela que todos temos um lado bom e um lado ruim”, afirmou Mouhamed. ”Ele é rico e poderia tranquilamente viver com tudo de bom e de melhor, além de usar a medicina para si próprio, buscando um alto cargo no hospital, como faz o Jacques. Mas a ambição dele é ser um bom cirurgião.”
Para Mouhamed, o problema de Pérsio é a forma com que encara a religião. O ator disse torcer para que Rebeca e Pérsio fiquem juntos e superem as diferenças, mas não acredita que um deva se converter a religião do outro. “Tudo é possível, mas o mais bacana é que não se convertam. O convívio da diferença é o genial”, finaliza.
TEXTO: RD1
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